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Pecuária de corte: extensivo, semi-intensivo e intensivo

Dentro da bovinocultura de corte, existem três tipos de sistemas de produção, os quais são classificados como extensivo, semi-intensivo e intensivo. No Brasil, por ser um país de dimensões continentais e com uma pecuária muito diversificada, encontramos esses esses três tipos de sistemas produtivos.

  • Extensivo

Imagem de drone  que mostra a pecuária de corte de maneira extensiva
Imagem aérea que mostra a pecuária de forma extensiva

A pecuária extensiva consiste na criação do gado a pasto, com o rebanho totalmente livre no pasto. Esse sistema de produção é o mais antigo da pecuária e é realizado tanto em grandes latifúndios como em pequenas propriedades familiares. Nesse tipo de atividade, os animais têm uma dieta majoritariamente de pasto (capim), juntamente com uma suplementação mineral. No período das secas, essa suplementação pode ser complementada com ureia.


É um sistema produtivo que requer baixo investimento e pouca mão de obra. Entretanto, nesse tipo de atividade pecuária, a taxa de lotação dos animais geralmente é bem reduzida, oscilando de 0,6 até 1,2 UA/ha (essas são as taxas de lotação mais comuns nesse sistema). Muitas vezes, na pecuária extensiva, não se observa a mensuração de indicadores zootécnicos, como por exemplo ganho de peso, taxa de prenhez, taxa de concepção, etc.


Dentro desse sistema produtivo, também existe o risco de os animais apresentarem carência de determinados nutrientes. Por isso, é muito importante estar atento aos níveis de garantia do sal mineral e se os nutrientes que o compõem vão de fato suprir a necessidade mineral dos animais.

  • Semi-intensivo

Bois criados a pasto recebendo suplementação de volumoso
Bovinos criados a pasto e recebendo suplementação com volumoso (Semi-intensivo)

Com o fornecimento de dietas proteicas ou energéticas balanceadas, aqui não á o risco de ocorrer deficiência nutricional nos animais e a grande vantagem desse sistema é a possibilidade de se produzir mais arrobas em menos área.


No sistema semi-intensivo, os animais continuam sendo criados a pasto; no entanto, já recebem um suplemento alimentar balanceado (proteico ou energético) durante um período do ano ou durante o ano todo. Geralmente nesse sistema, os animais são manejados em pastos de forrageiras com alta capacidade produtiva, podendo chegar a uma pressão de pastejo de até 3,0 UA/ha (ou até mais).


Dentro do sistema semi-intensivo, já se utilizam indicadores zootécnicos para mensurar a produtividade dos animais por lote ou até mesmo por animal e também já são realizadas técnicas mais específicas de produção, como por exemplo manejo das pastagens, manejo sanitário e separação do rebanho (por peso, idade e sexo).


Devido a uma exigência maior de conhecimento técnico dentro desse sistema de produção, é necessária mais mão de obra especializada. O semi-intensivo também requer um maior investimento em estruturas pois a propriedade vai precisar de uma balança, cochos cobertos, tronco de contenção e corredores para facilitar o acesso dos animais ao curral.


Com o fornecimento de dietas proteicas ou energéticas balanceadas aqui não há o risco de ocorrer deficiência nutricional nos animais e a grande vantagem desse sistema é a possibilidade de se produzir mais arrobas em menos área.

  • Intensivo

Bovinos em sistema intensivo de produção
Bovinos em confinamento (Sistema Intensivo)

A pecuária intensiva é o sistema de produção mais moderno que existe atualmente. Ele consiste em concentrar um grande número de animais em uma pequena área e fornecer-lhes uma dieta altamente balanceada e capaz de engordá-los em um curto espaço de tempo, cerca de 90 a 120 dias. Esse sistema pode ser aplicado tanto em confinamentos quanto em pastagens com alta capacidade produtiva (semiconfinamento).


Geralmente, nesses sistemas, há uma concentração de mais de 3,0 UA/ha. Isso é possível porque a alimentação e a água são fornecidas aos animais em cochos. Dessa maneira, torna-se necessário um alto investimento em estrutura nesse sistema. Além dos cochos, deve-se ter também um armazém (para guardar insumos necessários à fabricação de ração), uma fábrica de ração, um vagão de trato etc.


Nesse sistema, também se elabora e se fornece dietas balanceadas de acordo com a capacidade de ganho de peso do animal. Ou seja, os bovinos recebem não apenas suplementos proteinados ou minerais, mas também volumosos de alto consumo. Isso exige o acompanhamento de técnicos profissionais da área (zootecnistas, engenheiros agrônomos, veterinários) para formular o consumo de ração e acompanhar os indicadores zootécnicos (que são muito usados na pecuária intensiva). Além disso, são necessários funcionários especializados e responsáveis para cuidar e manter o rebanho.


Este sistema é o que possui um giro mais rápido, cerca de 90 a 120 dias, e que permite criar um grande número de animais dentro de pequenas áreas. No entanto, é um sistema de produção que exige altos investimentos iniciais e de manutenção. Caso os amigos queiram se aprofundar mais no assunto, nós da M.R.S Agronomia separamos alguns links que estão presentes nas referências do artigo.


Referências

Bovinocultura de corte - Sistemas de produção
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