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Veja quais são as principais espécies utilizadas na rotação de culturas

Atualizado: 13 de mar. de 2023

A rotação de culturas gera muitos benefícios ao produtor, como a ciclagem de nutrientes e fixação de componentes nitrogenados, além da cobertura do solo, permite o desenvolvimento de predadores naturais, descompactação do solo, preservação do solo contra a erosão, auxilio no manejo de doenças e ainda podemos citar a cobertura do solo na entressafra, que é bastante vantajoso pois impede o desenvolvimento de plantas daninhas durante a entressafra.


Implantar outras espécies de vegetais diferentes da cultura principal, permite que o solo seja explorado em maior profundidade, proporcionando a ciclagem dos nutrientes e a descompactação do solo em camadas profundas. Cada cultura possibilita uma maior resposta em determinado fator, dos quais foram citados acima, assim é importante conhecer qual cultura será usada na rotação.


As plantas têm grande capacidade de ciclar nutrientes que estão sendo perdidos, por exemplo, por lixiviação (quando os nutrientes são levados pela água em subsuperfície) pelo perfil do solo.




  • Fixadora de nitrogênio

  • De 3 a 9 t/ha de matéria seca

  • Em média 60 kg/ha de nitrogênio (N) fixado

  • Permite maior infiltração por formar bioporos

  • Baixa relação C/N

A cobertura do solo promove melhorias químicas, físicas e biológicas no solo. O uso de plantas com alta relação C/N como as braquiárias, mantém o solo coberto por mais tempo, gerando resultados a longo prazo, no entanto, a cultura sucessora não será beneficiada com a liberação de nutrientes e a formação de matéria orgânica.

Outras culturas também podem ser utilizadas na cobertura, como por exemplo o Sorgo (Sorghum bicolor), com capacidade de produzir de 9 a 12 t/ha de matéria seca e com alta relação C/N.




  • Desenvolve em solos de média e alta fertilidade;

  • De 8 a 20 t/ha/ano de matéria seca;

  • Em média 248 kg/ha de nitrogênio (N) ciclado;

  • Algumas apresentam alta resistência a cigarrinha.




  • Desenvolve em solos de média a baixa fertilidade;

  • De 12 a 15 t/ha/ano de matéria seca;

  • Em média 197 kg/ha de nitrogênio reciclado Susceptível a cigarrinha.




  • Desenvolve em solos de média a alta fertilidade;

  • De 12 a 16 t/ha/ano de matéria seca;

  • Em média 200 kg/ha de nitrogênio(N) ciclado;

  • Susceptível a cigarrinha.


Utilizar o nabo forrageiro pode favorecer a ciclagem de nutrientes como nitrogênio (N) e fósforo (P) e tem como principal aspecto a sua capacidade de descompactar o solo, por possuir uma raiz pivotante.


O uso de espécies que não tenham a mesma capacidade de descompactação do nabo forrageiro, mas que exploram camadas mais profundas no solo, contribui para a ciclagem de nutrientes e diminuição da compactação ocasionado pelo tráfego de máquinas.




  • Ótimo reciclador de nitrogênio (N) e fosforo (P);

  • Produz de 3 a 9 t/ha de matéria seca;

  • Em média 60kg/ha de nitrogênio (N) fixado;

  • Pode romper camadas abaixo de 2,5 metros ;

  • Alta relação C/N.




  • Mitigadora de compactação e fixadora de nitrogênio;

  • De 7 a 10 t/ha de matéria seca;

  • Em média 200 kg/ha de nitrogênio (N) fixado;

  • Bom controle de nematoides (Meloidogyne incognita; Rotylenchulus reniformis e Pratylenchus brachyurus);

  • Baixa relação C/N.


Outras espécies como as Crotalaria juncea, Crotalaria spectabilis entre outras, tem sido usada tanto na rotação de culturas como na adubação verde, pela sua excelente capacidade de fixar nitrogênio (N), permitindo que a cultura sucessora diminua a necessidade de adubação nitrogenada.


A rotação de cultura, além possibilitar a ciclagem de nutrientes e a fixação de nitrogênio (N), também garante a quebra de ciclo de doenças e pragas. Podemos citar por exemplo o uso de crotalárias (Crotalaria breviflora, Crotalaria juncea, Crotalaria ochroleuca e Crotalaria spectabilis) no manejo de nematóides, se destacando dentre elas a Crotalaria spectabilis, capaz de controlar os nematóides Heterodera glycines, Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita, Rotylenchulus reniformis e Pratylenchus brachyurus.



  • Boa quantidade de cobertura e fixadora de nitrogênio (N);

  • De 10 a 15 t/ha de matéria seca;

  • Em média 350 kg/ha de nitrogênio (N) fixado;

  • Bom controle de nematoides (Heterodera glycines e Rotylenchulus reniformis);

  • Baixa relação C/N.




  • Boa ciclagem de nutrientes e fixação de nitrogênio (N);

  • De 3 a 12 t/ha de matéria seca;

  • Em média 260 kg/ha/ano de nitrogênio (N) fixado;

  • Capaz de mitigar compactação de solo;

  • Baixa relação C/N.




  • Supressora de plantas daninhas e ótima fixadora de nitrogênio (N);

  • De 6 a 8 t/ha de matéria seca;

  • Em média 326 kg/ha de nitrogênio (N) fixado;

  • Capaz de mitigar a compactação de solo;

  • Baixa relação C/N.




  • Boa ciclagem de nutrientes e fixação de nitrogênio (N);

  • De 3 a 5 t/ha/ano de matéria seca;

  • Em média 96 kg/ha de nitrogênio (N) fixado;

  • Bom controle de nematoides (Heterodera glycines, Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita, Rotylenchulus reniformis e Pratylenchus brachyurus);

  • Baixa relação C/N.




  • Boa ciclagem de nutrientes e fixação de nitrogênio (N);

  • De 4 a 6 t/ha/ano de matéria seca;

  • Em média 220 kg/ha de nitrogênio (N) fixado;

  • Bom controle de nematóides (Heterodera glycines, Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita, Rotylenchulus reniformis e Pratylenchus brachyurus);

  • Baixa relação C/N.



  • De 7 a 15 t/ha de matéria seca;

  • Em média 31 kg/ha de nitrogênio (N) fixado;

  • Sistema radicular profundo, suportando mais períodos de estiagem;

  • Baixa relação C/N.




  • Maior resistência a seca em relação ao milho;

  • De 9 a 12 t/ha de matéria seca;

  • Em média 125 kg/ha de nitrogênio (N) fixado;

  • Sistema radicular mitigador de compactação;

  • Alta relação C/N.


Os resultados em produtividades são vistos conforme é realizada a rotação de culturas, portanto, é necessário sempre realizar a rotação de culturas. A rotação não precisa ser feita em toda a área em um único ano, a EMBRAPA (2021) recomenda que pelo menos 1/3 seja destinada a rotação de cultura, mas isso pode variar conforme a necessidade de cada produtor.


Para mais informações técnicas, sobre as culturas acima mencionadas, como época de plantio, quantidade de sementes, clima adequado e entre outros, baixe agora mesmo o Guia Prático de Plantas de Cobertura com autoria de Martha Lustosa Carvalho. Esse guia mostra outras plantas de coberturas, assim como as citadas neste post.



REFERÊNCIAS

Livro_Plantas_de_Cobertura_completo
.pdf
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